28/10/2012
Sexiésimo dia – Chile – De volta pro aconchego, ops, pra Santiago.
Era dia de sair do sonho lapostóllico.
E as casitas, as nossas moradias temporárias, necessitam de uma melhor explica/explanação.
Você não imagina o quão reconfortante é chegar no seu quarto e ter a visão que elas te proporcionam.
A sala de dormir (podemos chamá-la assim) é espaçosa e agradável.
Ela tem vista de todo o vale.
É espetacular.
E ainda mais quando se tem a oportunidade de ver um nascer-do-sol sensacional como este.
Fomos tomar café, o derradeiro café …
… e nos prepararmos pra volta pra Santiago.
Enquanto a Márcia e o Vianney e a Madá e o Álvaro voltariam pro Rio, nós e os sócios ainda ficaríamos mais uma noite em Santiago.
E desta vez, experimentando o The Aubrey, um hotel boutique pequeno e que fica ao lado da La Chascona, a casa do Neruda .
Antes de conhecer o hotel, fizemos o caminho de volta do Vale do Colchágua, vendo paisagens bacanas …
… e em apenas duas horas (um tremendo upgrade em relação ao tempo gasto na ida).
Deixamos os casais no aeroporto, nos despedimos dos mais novos velhos e bons amigos, …
… e fomos conhecer o hotel.
Ele é bem bacana (claro que não comparável ao W Santiago), …
… com bons toques de modernidade …
… e uma administração pessoal do seu presente dono.
Estávamos com fome e fomos procurar um restaurante.
O problema é que esquecemos completamente que aqui no Chile também seria um domingo de eleições. Ou seja, quase tudo estaria fechado e pior, não se poderia tomar nenhuma bebida alcóolica.
Paradoxo dos paradoxos, tivemos que seguir a Lei Seca em plena Santiago.
Por sorte (ou azar, você verá) o famoso restô Como Agua para Chocolate estava aberto.
Conseguimos uma mesa (me parece que normalmente os chilenos não saem pra almoçar aos domingos, daí a maioria deles não funcionar) e fomos passar pela pretensa culinária afrodisíaca do lugar.
Apesar de ser um pouco fake, tudo é bem bonito …
… e temático.
Mas a comida, sinceramente, ficou a desejar.
Tudo bem que tivemos que tomar cerveja sem álcool…
Pedimos uma entrada com camarões e machas num molho de 3 queijos.
Como principais, a Lourdes pediu um peixe, …
… a Dé um péssimo Côngrio, …
…. o Eymard um mediano atum ,…
… e eu, um péssimo macarrão com frutos do mar.
Inclusive, tinha alguns fios que nem cozidos estavam.
Fomos insistentes e pedimos sobremesas.
Foi mais uma burrada. O tal pudim de 3 lêches e…
… o Como agua para chocolate eram muito ruins.
Só nos restou perceber todo o engraçado do entorno. Dá pra imaginar o único restaurante da região cheio e com brasileiros querendo furar a fila de espera de qualquer jeito?
Voltamos ao quarto, demos uma boa dormida (slow travel, minha gente) e fomos conhecer o Parque Metropolitano.
Se bem que com o calor reinante (quase 35ºC), …
… demos somente uma voltinha, o suficiente pra ver belíssimas vegetações …
… e flores.
Retornamos ao hotel e nos livramos definitivamente da lei seca…
… tomando um (a calhar) Cremant de Loire.
Tudo isto pra nos prepararmos pra conhecer o restaurante Arola, que fica no hotel Ritz Carlton.
Já tivemos ótimas experiências por lá, especialmente no de Paris.
E cá pra nós, chegar a um Ritz Carlton é outra coisa.
O restaurante é um daqueles moderninhos e com mobília chique.
Como já conhecíamos o sistema, fomos logo escolhendo tanto o vinho, como os tapas quentes e frios. O vinho branco foi um Chardonnay E.Q. Matetic 2011.
Antes dos pratos, o tradicional pan com tomate foi servido.
E melhor, no modelo monte você mesmo.
Logo em seguida vieram os tapas frios: aspargos empanados ,
… carpaccio de cogumelos, …
… carpaccio de cerdo …
… e centolla e cangrejo.
E os tapas quentes: as legítimas batatas bravas, …
… pulpo (ai, pulpito), …
… croquetes de jamon …
… e empanadas de atum.
Todos perfeitos e no formato pra compartilhamento total.
Tomamos mais um vinho branco, o Chardonnay Sol del Sol 2009. Mais um excelente.
E pedimos uma degustaçào de 4 sobremesas (não se esqueçam que estávamos com muita fome): espuma de crema Catalunha, …
… 7 formas de chocolate, …
… chocolate branco …
… e torta de maçã .
Como era o nosso último jantar desta viagem, resolvemos homenagear a Márcia e o Vianney, tomando um Late Harvest Erasmo, …
.. e também ao som dos Ramones, homenageamos a Madá e o Álvaro. One, two, three, four… I Wanna be sedated.
Voltamos ao The Aubrey pra dormirmos o sono dos justos, acordar cedo pra arrumar as malas e partirmos.
Tivemos tempo de experimentar o bom café de manhã…
… e pronto!
Continuo insistindo que o Chile, um país próximo a nós, ainda é (apesar do aumento considerável do fluxo), pouco visitado pelos brasileiros.
Suas montanhas, seus desertos, suas geleiras, suas ilhas, mesmo a sua capital deveriam ser explorados mais costumeiramente por nós.
E no nosso caso, ainda tivemos uma ótima experiência com um grupo que certamente veio pra ficar.
Foi (mais uma) excelente viagem.
Adiós.
Acompanhe os outros dias desta viagem:
Unésimo dia – Santiago – Chile – Início promissor e gastronômico (Coquinaria+Osaka)
Segundésimo dia – Santiago – Chile – Visitando a Concha y Toro mais uma vez, além de passear de bicicleta pela cidade.
Triésimo dia – Santiago – Chile – Isto é que é uma dobradinha ao quadrado. La Chascona/Bocanáriz e Almaviva/Boragó.
Quatriésimo dia – Colcha e água? Casa Lapostolle.
Quinquésimo dia – Chile – Vale do Colchágua – Conhecendo a Neyen e a Lapostolle como se deve.
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