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Jour six e dia sei – France e Espana – País Basco – Você sabe o que é Euskera? Pintxo você sabe, né?

Dia de dirigir desde a França até a Espanha.

Na verdade, de Martillac até Donostia. Mais conhecida como San Sebastian.

Antes de tudo um lauto café da manhã no hotel, que diga-se de passagem não foi tão lauto assim já que a japonesada tinha passado antes e devastado as mesas como uma nuvem de gafanhotos.

Resolvemos conhecer melhor o hotel. Demos uma olhadinha (não uma molhadinha) na piscina, …

… nos jardins floridos, …

… nos lagos românticos (ahhh!), …

… na horta com produtos bastantes diferentões, …

… e temperos que nunca vimos …

.. além de legítimas flores de alcachofras.

Com tínhamos tempo, passamos na Jardiland.

É um lugar com tudo o que se pode imaginar sobre plantas e afins. Compramos um montão de sementes que certamente florirão muito mais a grande FV.

Resolvemos também seguir as dicas do Joaquim e procurar lugares onde se vendem vinhos, as populares adegas.
Não sei por que cargas d’ água o tal resolveu indicar alguns estabelecimentos inexistentes.

Resultado? Quase uma hora aparentemente perdida (conhecemos pequenas cidades que jamais pensamos existir) e chegamos em cima da hora (12:00 hs) pra fazer o checkout no hotel. E aí pintou a ideia genial. Que tal tentarmos saber onde ficava o Château Latour-Martillac, criador do vinho que tomamos  nos dois jantares que fizemos no hotel e comprarmos algumas garrafas pra levar pra casa?

Obviamente descobrimos que ele fica em Martillac (daaaaammmm) e melhor, a parcos 7 minutos do hotel.

Fomos pra lá e vimos que ele está situado ao lado da igreja, bem no centrinho da pequeniníssima cidade.

Chegamos exultantes e perguntamos onde era a “boutique“?
É claro que recebemos a resposta que eles estavam trabalhando, mas que era horário de almoço e que eles retornavam somente às 14:00hs.

Pensamos: deixa pra próxima. Apesar de termos adorado o vinho deles, não esperaríamos duas horas pra que a loja abrisse.
Daí a mudarmos de ideia foi um pulo.

Resolvemos ficar e esperar. E almoçar em Martillac, na grande Martillac.
Demos um bela olhada no grande centro (uns 50 m²) e escolhemos o restaurante Le Pistou.

O estranho é que não tinha uma alma viva em toda a cidade, mas o restaurante estava cheio a ponto do garçom nos perguntar se tínhamos feito reserva? 🙂

Tivemos “sorte” e sentamos. O lugar é uma belezinha. Todo arrumado e com muita personalidade.

Pedimos um entrada pra dividirmos, um tartar de vieiras que estava fresquíssimo e maravilhoso. A Dé achou fresco demais e eu comi tudo.

Uma meia garrafa de vinho branco Chateau Coucheroy 2009 nos acompanhou e escolhemos os principais.

A Dé foi de julienne de legumes com arroz e um tremendo peixe fresco com tomates.

Eu, modestamente, pedi o peixe do dia, uma merluza com legumes e arroz. Frugal, né não?

Pratos simples e saborosos. Pagamos a conta (60 euros) e retornamos pra loja da vinícola. A mesma simpática pessoa que nos informou que a loja estava fechada, nos atendeu e não é que o cara além de ser extremamente simpático, ainda nos mostrou absolutamente tudo.

Resultado? Compramos 6 garrafas do excelente branco do Mouton-Martillac (safras 2008 e 2009) e ainda ganhamos um outra da segunda linha do Chateau que o nosso colega jurou ser tão boa quanto as outras. O que, cá pra nós, não seria nenhuma novidade.

Nos despedimos da França pra conhecermos melhor as idiossincrasias do País Basco.

E neste caso está incluída uma tremenda suite no hotel Maria Cristina (grato, Starwood pelo upgrade) .

Ele fica bem no meio da muvuca donostiana e no nosso caso, com uma tremenda vista do Rio Urumea e do próprio Mar Cantábrico.

Tudo bonito demais.

Demos uma volta de reconhecimento na região do hotel e vimos preliminarmente como é a famosa Parte Vieja.

É praticamente lá que tudo acontece.

Chegamos até a orla (olha, San Sebastian parece bastante com o RJ, só que sem favelas) e prometemos voltar a noite pra comermos uns pintxos.

Foi o que fizemos.

Apesar do tempo ter dado um virada (chegamos com uns 40°C e estava uns 20ºC ), insistimos e fomos à Parte Vieja pra pintxear e tapear.

Pra quem não conhece, pintxos são guloseimas que estão a mostra no balcão dos bares (normalmente com palitos) e que você escolhe quantos comer/pagar quando os coloca no prato.

No caso, acabamos experimentando os do  Bernardo Etxea, porque este estabelecimento foi o único que se encaixou na categoria que a Dé estava procurando: pintxos pra se comer sentado numa mesa!

Na primeira rodada, pintxamos “siete” vezes com duas copas de vino blanco.

Escolhemos pintxos e tapas frios tais como torta de caranguejo, bruschettas frias dos mais variados sabores tais como anchovas, pimentões, bacalhau, anchovas, sardinhas, queijos, etc.

Na segunda rodada, mais 3 tapas quentes, croquetas de presunto (guia 4quetas: 10), …

… pimentão recheado com bacalhau e, surpresa, um suculento e macio polvo à marinara (aí meus “figuinho”).

Ah! Mais dois copos de vinho branco e mais dois de Txakoli, o vinho frisante tipicamente basco que a Dé não gostou muito, mas que eu tive que gostar bastante, já que tomei os dois (e também não achei muito bom, não!)

Pronto. Os pintxos estavam desvendados e estávamos liberados pra conhecer a instigante e estrelada cozinha basca.

Amanhã iniciciamos o percurso, com o almoço no Guggenheim (é, vamos passar o dia em Bilbao) e com o jantar no afamado restaurante  Mugaritz.

O dia promete.

E antes que eu esqueça, Euskera (ou Euskara) é a indecifrável e interessante língua basca.

Você vai se divertir tentando entender o que significam as palavras em Euskera. E mais ainda percebendo que tudo não tem a mínima lógica.

Agur (é claro que é tchau em Euskera).

Acompanhe os dias anteriores da viagem:
Dia Uno – Espanha – La Rioja – Marques de Riscal, o hotel.
Dia Dos – Espanha – La Rioja – Museu do Vinho e cidadezinhas bacanas
Dia Tres – Espanha – La Rioja – Bodegas maravilhosas e arquitetura não menos
Dia Cuatro – Espanha e França – La Rioja e Bordeaux – Final de semana em Martillac
Jour Cinc – France – Bordeaux – Passeando e entrando no mundo dos Premieres Grands Crus

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Há 12 comentários

  1. Beleza de dia, hein?
    Pena que vocês não tenham aproveitado enquanto estavam na Aquitania para degustar as delícias típicas da região, que são muitas. Nada de ostras, nada de foie gras, nada de confit e magret de canard, nada de presunto de Bayonne, nada de trufas, nada de um cabécou du Périgord ou um Tomme dos Pirineus, canelés…
    Acho melhor começar a programar o retorno.
    Quanto aos pintxos, não gostei da idéia. Tenho nojo de comida exposta.
    Curiosa por Bilbao.
    Abraços

  2. Que dia sensacional! O engraçado foi que aprendi hoje na aula de espanhol o que é Euskera, aí entro na net e vejo seu post, rsrsrs.
    Abs,
    Isabela

  3. Edu,
    por acaso navegando sobreo Luberon descobri o seu blog. E gostaria de elogiar sua facilidade de comunicação. V é jornalista? Paulistano? Arquiteto?
    Sou uma vovo carioca alugando casa na Provence em 2012.
    Gostei muito das dicas

  4. Thereza, voce acertou em quase tudo. O Edu é quase tudo isso que voce falou e muito mais. Mas deixa ele te responder, né?
    Edu: fico sempre procurando o “polvo”. E nao é que eu acho?
    Sueli: voce foi a primeira porque estava somente com meu ipad e nao consigo, com ele, postar comentário (rs). Para que eles tivessem desfrutado de tudo isso sem o risco de uma intoxicaçao alimentar grave, precisariam passar uma semana, no minimo, no lugar (rs).
    A familia Luz esta em rodinhas de novo….afinal, precisam abastecer de novos posts….

  5. Mais um bocadinho e chegavam a Portugal. Por incrível que pareça até falamos a mesma língua por aqui… nada de tentar decifrar dialectos 🙂

  6. Sueli, se fosse a Drix, diria que você engoliu um Michelin. E quanto ao nojo, passe longe de qualquer bar de tapas! rs

    Isabela, você aprendeu o que era e não o idioma, certo?

    Thereza, seja bem vinda. Não sou jornalista, nem arquiteto e nem paulistano (só engenheiro e santista).
    E parabéns pelo aluguel da casa na Provence. Aonde é?

    Sócio, assim como pato é marca registrada de vocês, o polvo é a nossa!! rsrs
    Quanto as rodinhas, já estamos em terra firme!! rs

    Ameixa, já falei que iremos a Portugal numa viagem exclusiva. Passaremos uma semana na Vila Nova de Famalicão! Sem dialectos, ora pois!

    Abs tapeadores pra todos.

  7. Edu,
    Eu não engoli só o Michelin. Engoli diversos outros guias, blogs, sites, google maps…
    Estou quase uma enciclopédia.

  8. Ah! por falar em bar de tapas, cancelei a reserva de um restaurante em Bordeaux, badalado, depois de ver num programa de tv que as carnes que serão servidas ficam expostas em frente ao forno à lenha, e que TODOS podem escolher, apalpando, a carne que irão comer. Fala sério!

  9. Sueli, o negócio agora é engolir as comidas! rs
    E não sei, não, mas se for visitar a maioria das cozinhas ditas profissionais por aí, acho que voltaria rapidinho pra casa.

    Isabela, que susto!

    Ikusi arte (que sorte o pessoal basco ter comentado!)

  10. Kaixo, tudo joia? Eu morei 10 meses em Donostia (San Sebastian) de 09/2012 até 06/2013. Deu muita saudade vendo esse seu post, uma dica para comer pintxos em Donosti é recomendado que se coma um por bar acompanhado de una Copa de cerveja. Só os turista comem mais de um no mesmo bar, os vasco saem com seus amigos e passam em vários bares na pare vieja e em cada um pintxo e uma copa.

    O Euskera é considerado nos últimos estudos a língua mais antiga da europa, e que possivelmente gerou o espanhol apesar de aparentemente nao terem nada em comum.

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