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jour neuf – paris e o quarteirão latino

frio? vinho
12/02/10

Paris e o Quarteirão Latino.

Desta vez o frio veio pra ficar. 3 graus negativos com sensação (pra nós, tupiniquins) de -10º C. Ou -20ºC. Ou -30ºC…

Mesmo assim, estávamos em Paris. Então, vamos flanar. Quase congelados, mas vamos.

Iniciamos o dia  tomando um belo e lauto café da manhã no apê.

Tínhamos um compromisso oficial: levar a Re até a escola de francês e ao mesmo tempo conhecer o namorado dela, o Hugo. Namorado e escola aprovados (e a Re indo pra Londres com a turma dela passar o final de semana), só nos restou aproveitar a nossa cidade.

Pegamos o metrô (prepare-se pra usá-lo frequentemente quando não estiver a pé) e fomos andar.

Passamos pela famosa livraria Shakespeare and Company e…

… tivemos belas e diferentes vistas de Notre Dame.

Belíssimas!

Paramos pra dar uma abastecida no restaurante franco-marroquino Degrés de Notre Dame, …

…onde, além de nos escondermos do frio e comermos bem, ainda tomamos um belo vinho tinto marroquino.

A comida? Um magret de pato com molho de mel e mostarda pra mim …

… e um cuscus de legumes com mergués (esta vai pra pra Elissa, pra Fabrícia e pro Mohamed) e frango. Note que bela apresentação já que o caldo com os legumes são servidos separados.

 

Experimente! O lugar é bastante típico.

Subimos pro Quartier Latin, um lugar bacana com uma arquitetura diferenciada e várias lojas especializadas.

Em gorros (você precisará de um), em gibis…

… em rugbi, em meias e meias-calças (segundo a Dé, você precisará de várias).
Continuamos o nosso tour, passando pela  Sorbonne (onde dizem que o FHC deu aula. Alguém assistiu?)…

… e pelo Pantheon.

Terminamos na rue Mouffetard que é bem bonitinha e com muitas lojas e restaurantes.

Como o frio se intensificou, resolvemos voltar de metrô. E já que era no caminho(perto do Jardim de Luxembourg) , passamos pela doceria do Sadaharu Aoki, um patisseur japonês que anda fazendo furor por aqui.

Confesso que compramos alguns doces e chocolates dele que eram bonitos, mas não foram os que mais nos agradaram. Gosto pessoal, eu sei!

Voltamos pro apê, tomamos banho e fizemos uma das coisas que mais nos deram prazer nesta viagem (e olha que foram tantas): escolher o restaurante pra jantar pela “cara” que ele tinha.

Passávamos na frente e achávamos legal; pronto, era esse o lugar.
Desta vez foi o restaurante
 le colimaçon, escolhido pela Dé muito mais pra fugir do frio e porque era pertíssimo.
E esta escolha foi acertada pois o jantar foi memorável. Vou tentar descrever da melhor maneira possível já que esquecemos a máquina e não tiramos fotos. A experiência foi bem francesa.
Entramos e não tínhamos feito reserva (era sexta a noite). O lugar é aconchegante e pequeno. Exatamente, 20 lugares.
Não tinha nenhuma mesa vaga, mas eles fizeram uma coisa bastante comum por aqui: nos colocaram numa mesa onde já estavam 5 pessoas. Sentamos e ficamos olhando a fauna. Literalmente,  já que o Marais é um bairro extremamente alternativo. Só nos éramos não-franceses.
E a comida foi um espetáculo: tomamos um vin rouge Sancerre e como não estávamos com muita fome, dividimos uma entrada e um prato principal. Confesso que todos os franceses ao nosso lado (nestes restaurantes pequenos, as mesas são coladas uma as outras e as vezes você tem a impressão que os vizinhos vão participar da sua conversa) se escandalizaram com o nosso pedido. Petit, pensavam eles!! rs
Que foi totalmente acertado já que os pratos são bem grandes. A entrada chegou e era uma MilleFoglie de Tomate com legumes crocantes. Totalmente delicioso com os franceses estranhando o prato no meio da nossa mesa e sendo aproveitado por nós dois.
Mais um tempinho de conversa e chega o principal: uma Galette com molho thai, gengibre e afins.  Mais uma delícia que, apesar da surpresa (não imaginávamos que Galette fosse um peixe!! rsrs), foi devida e totalmente degustada por nós.
É incrível como este pequenos restaurantes são interessantes. É claro que os Robuchons, Ducasses e Savoys da vida são bons, mas o que surpreende é a quantidade de locais pequenos não divulgados pela grande mídia que oferecem uma grande experiência gastronômica
E tudo isto com uma estrutura enxutíssima. Dificilmente se vê mais do que 3 pessoas trabalhando em cada um deles (incluindo a cozinha!).
Enfim, um bom conselho e indicação gastronômica pra quem vem a Paris é: escolha com os olhos e o coração e depois verá se acertou ou não. Simples, né?

E tudo isso, apesar do frio, torna Paris uma cidade cada vez mais quente!

Au revoir.

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Há 8 comentários

  1. Eduardo,
    como sempre o passeio perfeito! Uma delicia acompanhá-los. Ainda não experimentei vinho marroquino. O que vc achou?
    A descrição do jantar…impagável! Tambem somos (eu e a lourdes) os reis da divisão. O que importa é saber o quanto cada um está com fome. Desperdício de comida, só nos parques da Disney! Esses doces não me pegaram. Nem pela foto! Achei meio com cara de “plástico”….abs, Eymard

  2. Eymard, achamos o vinho marroquino bom. Mas eu não sei extamente o quanto estar em Paris ajudou nesta avaliação! 🙂
    E, pra nós, não tem coisa pior do que pedir muito numa refeição. O fato de ter que comer mais do que o normal, certamente, acarreta numa comida não muito agradável.
    E tem mais uma neste jantar: os nossos vizinhos não resistiram e ao final da nossa refeição, perguntaram daonde nós éramos? Respondemos, nos cumprimentaram e lembraram da Copa perdida!! Até “Ronaldô” eles falaram. rsrs
    Quanto aos doces, eles parecem plástico mas são bem gostosos e diferentes. Mas achamos um tanto quanto tecnológicos demais. Talvez, nipônicos demais!!

    Abs.

  3. eduardo, me chamou atencao uns “coqueiros” brancos….onde e o que eram?? Tambem adorei aquela baguete no cafe da manha. Nao igual. E a agua e a farinha que sao diferentes. nao tem geito. abs, eymard

  4. O passeio e a comida pareceram ótimos, mas os doces realmente não me encantaram.

    A cada dia fica com mais certeza que só dá para acessar o blog do Eduardo antes do almoço ou jantar, porque sempre saio daqui com água na boca.

  5. Momento de tortura diária: entrar no seu blog. =P

    Aquele café da manhã com manteiga e pão francês *originais acabou com meu coraçãozinho. O café da manhã em Paris me fez uma pessoa mais feliz 🙂

  6. Ai, ai, que vontade de me teletransportar…Esse é um cantinho favorito (meu e de todo mundo, rs…)
    Tão gostoso sair fuçando pelas lojinhas, me lembro, uma vez dez anos atrás, ter adorado especialmente uma de tudo relacionado a quadrinhos (será que é a mesma que vocês foram? Rs…) E também não me esqueço de uma patisserie bem simples, em que fui fisgada pelo cheiro de pains au chocolat acabando de sair do forno. Inesquecível. Comi 3 de uma vez, rs…
    Adorei o relato do jantar! E salivei com o cuscus com merguez!
    E…por último, um beijo para a Re e para o moço sortudo!

  7. Eymard, estes coqueiros estavam na frente duma loja em St Germain de Prés (se não me engano). Resumindo, não sei o que é?? rsrs
    Quanto a baguete, ela era simplesmente um vício!!

    Hugo, de qualquer maneira você está fazendo um ótimo treinamento pra tua viagem, né não?

    Natalie, o café da manhã em Paris faz todas as pessoas felizes!! 🙂

    Emília, a loja de quadrinhos só pode ser a mesma (fica numa esquina, na subida próxima a Sorbonne).
    O couscous estava deliciosos e a merguez, bem apimentada. Será que o Arnaldo encararia?? 🙂
    A Re e o moço agradecem!!

    Abs a todos.

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